Com a crescente adoção das criptomoedas, a Receita Federal implementou mudanças importantes para 2025. Agora, qualquer pessoa que possua mais de R$ 5.000 em criptoativos deve declarar esses bens no Imposto de Renda. Além disso, operações realizadas em exchanges internacionais estão sob fiscalização mais rigorosa, o que exige atenção redobrada dos investidores.
Outro ponto relevante é a obrigatoriedade de informar rendimentos obtidos por meio de staking, juros em plataformas DeFi e negociações que ultrapassem R$ 35.000 por mês. Portanto, manter um controle detalhado de todas as transações tornou-se essencial.
Passo a Passo para Declarar Criptomoedas no IR
1. Organize Todos os Documentos
Antes de iniciar a declaração, é fundamental reunir a documentação necessária. Isso inclui:
- Extratos das exchanges e corretoras
- Comprovantes de compra e venda de ativos
- Relatórios de staking e outros rendimentos passivos
Atualmente, diversas plataformas já disponibilizam relatórios prontos, o que facilita a declaração. No entanto, é sempre recomendável revisar todas as informações antes de enviá-las.
2. Acesse o Programa da Receita Federal
A declaração pode ser feita diretamente no sistema “Meu Imposto de Renda”, disponível tanto no site quanto no aplicativo da Receita Federal. Dessa forma, o processo se torna mais acessível e rápido.
3. Informe a Posse de Criptomoedas
Se a soma dos ativos digitais ultrapassar R$ 5.000, eles devem ser registrados na aba “Bens e Direitos” do sistema. A classificação varia de acordo com o tipo de criptoativo:
- Bitcoin (BTC): código 81
- Outras criptomoedas: código 82
- Stablecoins (USDT, USDC, entre outras): código 83
Ao preencher esses dados, é necessário informar a quantidade de ativos e o valor de aquisição em reais, considerando a cotação do momento da compra.
4. Declare Ganhos e Rendimentos
Caso tenha vendido criptomoedas com lucro, a Receita exige que os valores sejam informados na aba “Renda Variável”. Já os rendimentos obtidos com staking e juros em plataformas DeFi devem ser declarados na seção “Rendimentos Tributáveis” ou “Rendimentos Isentos”, conforme a categoria aplicável.
Vale lembrar que a omissão dessas informações pode resultar em penalidades. Por isso, conferir cada detalhe antes de finalizar a declaração é indispensável.
5. Revise e Envie a Declaração
Após preencher todos os campos, é essencial revisar as informações para garantir que estejam corretas. Qualquer inconsistência pode levar a complicações futuras, como cair na malha fina da Receita Federal. Portanto, antes de finalizar o envio, verifique se os valores declarados correspondem aos documentos reunidos anteriormente.
O Que Muda no IR 2025?
Com as novas diretrizes da Receita Federal, algumas mudanças impactam diretamente quem investe em criptomoedas. Entre as principais atualizações, destacam-se:
- Declaração obrigatória para valores a partir de R$ 5.000 (anteriormente, o limite era R$ 10.000)
- Monitoramento ampliado de exchanges internacionais
- Tributação específica para rendimentos passivos, como staking e juros em DeFi
Essas alterações reforçam a necessidade de planejamento e organização ao declarar criptoativos.
Erros Comuns ao Declarar Criptomoedas
Muitos investidores acabam cometendo erros ao declarar suas criptomoedas, o que pode gerar problemas futuros. Alguns dos equívocos mais frequentes incluem:
- Não declarar ativos mantidos em exchanges estrangeiras
- Informar valores diferentes dos comprovantes de compra e venda
- Omitir rendimentos passivos, como staking e juros recebidos
Para evitar complicações, é fundamental utilizar relatórios oficiais das corretoras e manter um controle detalhado de todas as movimentações financeiras.
Com as novas exigências para declarar criptomoedas no Imposto de Renda 2025, os investidores precisam estar atentos às atualizações da Receita Federal. Além disso, organizar os documentos e utilizar relatórios oficiais pode facilitar o processo e evitar erros. Dessa forma, é possível cumprir todas as obrigações fiscais e evitar penalidades.