O dólar começou esta terça-feira (25) em queda, mas ninguém esperava o movimento forte que veio em seguida. Durante a manhã, a moeda americana já mostrava recuo de 0,34%. Porém, à medida que as horas avançaram, a desvalorização ganhou força. Por volta do meio-dia (horário de Brasília), o dólar era negociado a R$ 5,6844 — uma queda expressiva de 1,35%.
Por que isso está acontecendo? A resposta está nos números abaixo do esperado na economia dos Estados Unidos. As vendas de moradias novas em fevereiro subiram apenas 1,8%, enquanto os analistas aguardavam uma alta de 3%. Essa frustração do mercado americano acabou pressionando o câmbio aqui no Brasil.
O que o mercado está esperando agora
Além disso, os olhos dos investidores estão voltados para as políticas tarifárias do governo dos Estados Unidos. Há expectativa de que a nova rodada de tarifas, que começa no próximo dia 2, venha menos agressiva do que o mercado antecipava. No entanto, o presidente Donald Trump ainda promete novas tarifas em breve. Carros, aço, alumínio e medicamentos estão na mira. Como se não bastasse, ele aplicou um imposto de 25% sobre todos os países que compram petróleo e gás da Venezuela.
Juros futuros também caem
Enquanto o dólar recua, os juros futuros de médio e longo prazo também acompanham o movimento. E isso tem relação direta com a expectativa de menos pressão inflacionária no Brasil e no exterior.
E por aqui, o que vem pela frente?
No Brasil, o foco está na ata do Comitê de Política Monetária (Copom). Na última semana, o Banco Central elevou a taxa Selic para 14,25% ao ano — o maior patamar desde 2016. A ata sinaliza ainda que um novo aumento, menor, pode vir na reunião de maio. O mercado já se prepara para essa possibilidade.
O dólar fechou ontem em alta
Para completar o cenário, na segunda-feira (24), o dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,7524, com alta de 0,61%. Portanto, a queda expressiva de hoje representa uma forte correção e chama a atenção de investidores e economistas.
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